PATRIMÔNIO

Considera-se patrimônio histórico e cultural os bens de natureza material e imaterial que expressam ou revelam a memória e a identidade das populações e comunidades. São bens culturais de valor histórico, artístico, cientifico simbólico, passiveis de tornarem-se atrações turísticas: arquivos, edificações, conjuntos urbanísticos, sítios arqueológicos, ruínas, museus e outros espaços destinados à apresentação ou contemplação de bens materiais e imateriais.

A utilização turística dos bens culturais pressupõe sua valorização, promoção e a manutenção de sua dinâmica e permanência no tempo como símbolos de memória e de identidade. Valorizar e promover significa difundir o conhecimento sobre esses bens e facilitar seu acesso e usufruto a moradores e turistas. Significa também reconhecer a importância da cultura na relação turista e comunidade local.

A cidade de Parnaíba possui por um grande acervo histórico e arquitetônico com algumas edificações que contam um pouco de sua história e que formam o Patrimônio Histórico e Cultural de Parnaíba.

 MUSEU DO TREM

A estação ferroviária de Parnaíba atualmente abriga um pequeno e representativo museu, o Museu do Trem do Piauí, inaugurado em 2002. Foi criado através de convênio entre a prefeitura de Parnaíba e a Rede Ferroviária Federal S. A., que concedeu à prefeitura todo o terreno do parque da antiga estação de passageiros com seus diversos imóveis e uma coleção de peças e equipamentos da época de funcionamento da ferrovia.

Casa Grande dos Dias da Silva - construída, por volta de 1770, pelo português Domingos Dias da Silva, grande negociante da vila de São João. Hoje, o prédio é tombado pelo IPHAN. Na Avenida Presidente Vargas, 300, no Centro Histórico.

Igreja de N S do Rosário dos Pretos - construída, na segunda metade do século XVIII, para os pobres e cativos negros da vila de São João da Parnahiba. Entre os seus benfeitores estão os Dias da Silva, possuidores de 1800 escravos.

Catedral de N S da Graça – templo barroco construído na segunda metade do século XVIII, por irmandades dirigidas por João Paulo Diniz e Domingos Dias da Silva. É a igreja catedral do Bispado de Parnaíba. Nela, está sepultado o importante parnaibano Simplício Dias da Silva. Na Praça da Graça, Centro Histórico.

Capela de N S de Monserrathe da Parnahiba - templo datado de 1711, tombado pelo IPHAN. Construído para Santa de devoção do sertanista baiano da Casa da Torre, Pedro Barbosa Leal.

Sobrado da Luíza Amélia – prédio tombado pelo IPHAN, localizado na Avenida Presidente Vargas, 140, no Centro Histórico. Foi residência da primeira poetisa do Piauí, Luíza Amélia de Queiroz Brandão. Em uma de suas poesias, expressou o desejo de quando morresse, fosse sepultada no quintal de sua residência, debaixo de um pé de gameleira. Não realizado o seu desejo, Luíza Amélia foi sepultada no cemitério da Igualdade, onde a natureza fez realizar o seu desejo sublime de poetisa, fazendo nascer de dentro de seu túmulo a árvore preferida. Luíza Amélia trouxe o Espiritismo para o Piauí, no século XIX.

Casa Inglesa - prédio do início do século XIX, tombado pelo IPHAN, pertencente à família inglesa Clark. Nele, funcionou o grande empório Casa Inglesa de propriedade de James Frederik Clark, descobridor da importância comercial da cera de carnaúba. A Casa Inglesa fazia transações comerciais com grandes empresários brasileiros e ingleses, como os Lundrigen, donos das famosas Casas Pernambucanas.

Porto das Barcas - espaço pertencente ao Centro Histórico de Parnaíba tombado pelo IPHAN. Construído na primeira metade do século XIX, de pedra com argamassa de areia, pó de concha e óleo de baleia,seus prédios serviram de armazéns para as mercadorias que saíam e chegavam a Parnaíba, e nas suas docas, se construía e se reparava navios. Hoje, é um espaço cultural que abriga lojas de artesanato, agências de turismo, restaurantes, bares, sorveteria, teatro, museus, galerias e oficinas de artes.